O sistema dopaminérgico possui grande importância e relação com a alimentação, já que esse sistema está relacionado ao prazer. A dopamina é um neurotransmissor essencial que faz parte da família das catecolaminas e controla o sistema de motivação e recompensa, criatividade e cognição, movimento, memória, humor, aprendizado.
O gene DRD2 codifica o receptor de dopamina D2, que regula a atividade desse neurotransmissor. E por isso, polimorfismos no gene DRD2 são associados com consequências comportamentais, emocionais, cognitivas e mentais.
Ao contrário de outros tipos de receptores de dopamina, o D2 é do tipo inibitório. Isso significa que, quanto maior a quantidade desses receptores, menor será a atividade geral da dopamina no cérebro e vice-versa.
Os hábitos alimentares são moldados e dependem muito dos efeitos, principalmente recompensatórios, que cada alimento gera no indivíduo. Portanto, a dopamina desempenha um papel essencial na ingestão de alimentos e comportamento alimentar por meio do DRD2.
Junto com comportamentos viciantes, os possíveis polimorfismos do DRD2 podem contribuir para aumento das chances de transtornos alimentares e para influência nas preferências alimentares.
Estudos mostram que o vício em alimentos ricos em açucares e gordura pode desencadear alguns dos mesmos mecanismos envolvidos no consumo de drogas ilícitas, porém em menores quantidades. Esses alimentos altamente recompensadores podem fazer com que o cérebro libere grandes quantidades de dopamina, assim estimulando exageradamente as vias de recompensa. E essa estimulação exagerada pode resultar na diminuição do número de receptores D2.
Isso porque os receptores de dopamina D2 ativam as vias de recompensa que influenciam nosso comportamento alimentar e preferências alimentares e estudos mostram que, os transtornos alimentares e comportamentos de dependência têm sido associados à sinalização de D2 prejudicada.
Ainda, outros estudos relacionam polimorfismos de DRD2 influenciados por determinados fatores ambientais, gerando disfunções psicológicas, como transtornos alimentares, depressão e até esquizofrenia.
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