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Você sabia que a produção de vitamina D é sazonal? Aproveite o verão!


A síntese de vitamina D se dá através da ação dos raios ultravioletas na pele. De forma bem simples, quando os raios solares atingem a pele, o 7-dehidrocolesterol é convertido em pré-vitamina D3 e posteriormente em vitamina D3. Essa vitamina sintetizada é direcionada para o fígado para ser convertida em calcidiol e chega no rim na forma ativa de vitamina D (calcitriol).


Essa vitamina é fundamental para a manutenção da saúde óssea, regulando o desenvolvimento e a remodelação dos ossos. Sua deficiência está associada a casos de raquitismo e osteoporose. Além disso, a hipovitaminose D é mais prevalente durante o outono e o inverno, meses de menor incidência de raios solares.


Só com esse fato, já é possível observar a importância da exposição solar na produção de vitamina D. Nesse contexto, podemos concluir que as estações do ano e a latitude são fatores importantes na síntese de vitamina D, pois influenciam diretamente na incidência de radiação solar.


Portanto, quando a nossa pele é exposta aos raios ultravioletas, principalmente UVB, a vitamina D é produzida. Os raios ultravioletas A e B são os mesmos, independente da estação do ano, o que muda é a intensidade dessa exposição, tornando a produção de vitamina D sazonal, visto que no verão ficamos mais expostos ao sol do que nas outras estações do ano.


O recomendado é uma exposição solar de 30-40% da superfície corporal durante 15 a 20 minutos, sem filtro solar até as 10, horário em que os raios estão presentes em maiores concentrações. Para que haja um equilíbrio entre o benefício do sol e o risco de desenvolvimento de câncer de pele, é interessante deixar exposto sem proteção apenas os braços e as pernas, passando protetor solar nas áreas mais sensíveis como face, ombros, colo e costas.


Uma dica para manter os níveis séricos de vitamina D em concentrações adequadas durante o ano todo é aproveitar com moderação o verão para sintetizá-la e também consumir alimentos fontes como peixes de águas profundas (salmão, sardinha e atum), sucos cítricos, cereais, fígado, gema de ovo, leite integral e alimentos fortificados. Outra alternativa é através da suplementação via oral, com recomendação de 4.000 Ui até 10.000 Ui por dia em adultos.


Referências

Kraus, Frank Bernhard, et al. “Verões extremos aumentam os níveis de vitamina D (25-hidroxivitamina D) no sangue?” PLoS ONE , vol. 15, n o 11, Novembro de 2020, p. e0242230. PubMed Central , https://doi.org/10.1371/journal.pone.0242230.

Holman, Dawn M., et al. “A associação entre crenças sobre vitamina D e comportamentos relacionados ao risco de câncer de pele”. Medicina preventiva , vol. 99, junho de 2017, p. 326–31. PubMed Central , https://doi.org/10.1016/j.ypmed.2017.03.007.

Andrade, Paula Carolina de Oliveira, et al. “Dieta, exposição ao sol e suplementação dietética: efeito sobre os níveis séricos de vitamina D”. Revista Médica de Minas Gerais , vol. 25, no 3, 2015. DOI.org (Crossref) , https://doi.org/10.5935/2238-3182.20150082.


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