O café é considerado um produto nobre do agronegócio e de exportação do Brasil, ocupando um espaço na história do desenvolvimento do país. Seu consumo vem crescendo a cada dia, por apresentar substâncias que aceleram o metabolismo, deixando o indivíduo mais atento, diminuindo a incidência de apatia e depressão, estimulando a memória e concentração, melhorando assim a capacidade cognitiva e intelectual.
A cafeína é uma das substâncias mais conhecidas presentes no café, apresentando uma importante atividade estimulante e antioxidante. Essa substância é considerada a mais consumida em todo o mundo, por pessoas de todas as idades, independente do sexo e da localização geográfica.
Efeito no organismo
A cafeína atua no sistema nervoso central como um estimulante. O mecanismo de ação envolve a ligação da cafeína aos receptores de adenosina, impedindo a ação da mesma sobre o sistema nervoso. Em situações comuns a adenosina é um neurotransmissores responsável por diminuir a atividade neural. Além disso, a cafeína também aumenta as concentrações de dopamina. Esses mecanismos aumentam a concentração e geram sensação de bem-estar.
Além disso, pelo alto teor de antioxidantes, a cafeína é capaz de combater o estresse, cansaço, melhorar a memória, diminuir a oxidação de LDL-colesterol e inibir o crescimento de células tumorais, prevenindo contra alguns tipos de câncer. Indivíduos atletas também se beneficiam do seu consumo, aumentando o desempenho esportivo, a concentração, o foco e diminuindo o tempo de reação.
Apesar do uso ser seguro, alguns efeitos colaterais podem surgir quando a substância é consumida em grandes concentrações, como insônia, dor de cabeça, taquicardia, irritação, náusea, tremores e crise de ansiedade. Por isso, é recomendado não ultrapassar 200mg por dia, ou seja, 1 a 2 xícaras de café ao longo do dia.
Tipo de café e teor de cafeína
As concentrações de cafeína presentes no café variam de acordo com o modo de preparo, o tipo de moagem do grão, a temperatura da água e o tempo de extração do pó.
O método com coador consegue extrair mais cafeína pois a água fica parada por mais tempo durante a filtragem, enquanto o café expresso fica poucos segundos em contato com a água. Entretanto, a concentração do pó de café no café expresso é maior, aumentando assim o teor de cafeína. Além disso, a pressão mecânica extrai melhor os compostos do café do que a pressão atmosférica presente no café coado.
Portanto, o café de máquina contém de 110 a 150mg/Ml de cafeína, enquanto o de coador contém de 64 a 124 mg/mL. O café instantâneo possui de 40 a 108 mg/mL, enquanto o instantâneo descafeinado possui 2 a 5 mg/mL. Quando falamos na porcentagem do teor de cafeína, um estudo demonstrou que o café solúvel possui uma média de 0,486% de cafeína, o café em pó 0,390% e o café em grãos 0,466%.
Referências
Camargo, MCR, e MCF Toledo. “TEOR DE CAFEÍNA EM CAFÉS BRASILEIROS”. Ciência e Tecnologia de Alimentos , vol. 18, n o 4, Outubro de 1998, p. 421–24. DOI.org (Crossref) , https://doi.org/10.1590/S0101-20611998000400012.
Da Silva, Cicero Jordan Rodrigues Sobreira, et al. “DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CAFEÍNA EM DIFERENTES TIPOS DE CAFÉS”. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde , vol. 13, n o 2, julho de 2018. DOI.org (Crossref) , https://doi.org/10.12957/demetra.2018.30653.
Vista do CAFEÍNA E CAFÉ: A DUALIDADE ENTRE SEUS EFEITOS TÓXICOS E ANTIOXIDANTES . http://revista.fundacaojau.edu.br:8078/journal/index.php/revista_intersaude/article/view/111/66.
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