Sabemos que há uma tendência da população em consumir os extremos no que se refere ao aporte proteico. Pessoas que consomem mais do que necessitam e pessoas que consomem menos.
No que se refere a quando é necessário consumir mais proteínas para complementar o aporte proteico da dieta, a suplementação proteica com opções de melhor digestão do que o "tradicional" whey protein é o peptídeo de colágeno isolado, que se destaca por ser um tipo de proteína que pode ser absorvida parcialmente intacta no nosso intestino.
Desse modo, a respeito de sua aplicabilidade no intestino, os peptídeos de colágeno são uma boa opção com digestão mais simples e fácil, na qual os aminoácidos podem ser assimilados em bem menos tempo e de modo que provoca bem menos fermentação e consequentemente, menos gases, sendo assim indicado para quem apresenta desordens intestinais, como a síndrome do intestino irritável. A respeito de horário de consumo, pode ser consumida em qualquer momento do dia como um complemento ao consumo proteico, mas alguns "momentos-chave" de utilização podem ser: o pós-treino e a última refeição antes do sono, considerando a otimização da síntese proteica.
Além disso, outra vantagem é que por não ser derivada do leite, pode ser consumida por intolerantes à lactose e por intolerantes as demais proteínas presentes no leite e em seus derivados, condição que acomete por vezes os próprios idosos, além de que tende a ser mais palatável, o que pode contribuir a maior aderência do paciente. Como consequência de sua suplementação, pode funcionar para o aumento de massa muscular, perda de gordura, aumento de força e recuperação pós-treino.
E esses achados se refletem de fato no efeito positivo no aumento da força muscular, redução da circunferência da cintura e estatisticamente significativa redução da massa gorda, nos quais são parâmetros vistos em muitas pesquisas científicas sobre. Como justificativa a tais efeitos, os dados atuais sugerem que o modo de ação é baseado no impacto multifatorial do peptídeo de colágeno hidrolisado em vários processos metabólicos e na unidade funcional geral do músculo. Investigações recentes revelaram que estimula significativamente uma importante via de construção de proteínas, a via mTOR. Assim, garante o equilíbrio do metabolismo entre a síntese e a degradação de proteínas e pode influenciar o metabolismo das gorduras.
Pode ser que você já tenha ouvido falar que o colágeno é um componente importante do corpo humano. Cerca de 30% da nossa proteína corporal total é colágeno, sendo fundamental para mobilidade articular, estabilidade óssea, saudabilidade muscular, fortalecimento dos ligamentos e tendões, pele lisa e cabelo e unhas. Ademais, é uma das principais proteínas estruturais de tecidos conjuntivos e também abundante em vasos sanguíneos, discos intervertebrais, barreira hematoencefálica e da barreira intestinal.
Por fim, existem diversas formas de suplementação do colágeno. De modo direto, quando pensamos nos peptídeos de colágeno com foco no ganho de massa muscular ou emagrecimento, os peptídeos de colágeno hidrolisado com maior teor de aminoácidos essenciais são mais interessantes. Porém, mesmo assim tendem a apresentar menor quantidade destes aminoácidos em comparação ao whey protein, por exemplo. Desse modo, a complementação da suplementação de colágeno com a suplementação de aminoácidos essenciais pode ser necessária.
Já se o seu objetivo for o cuidado com as articulações, o colágeno do tipo II (não hidrolisado) apresenta melhor indicação. Para a pele, cabelo e unhas, suplementar os peptídeos de colágeno hidrolisado Verisol® é a opção direcionada a esses casos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Proksch et al. (2014) Oral Supplementation of Specific Collagen Peptides has Beneficial Effects on Human Skin Physiology: A Double-Blind, Placebo-Controlled Study. Skin Pharmacol Physiol, 27:47-55.
Edgar, S., Hopley, B., Genovese, L. et al. Effects of collagen-derived bioactive peptides and natural antioxidant compounds on proliferation and matrix protein synthesis by cultured normal human dermal fibroblasts. Sci Rep 8, 10474 (2018). https://doi.org/10.1038/s41598-018-28492-w
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