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Gene da COMT e ansiedade: entenda essa relação!


O gene COMT é responsável por codificar e regular a produção da enzima Catecol O-Metiltransferase, que age na degradação de neurotransmissores catecolaminérgicos, como dopamina e noradrenalina. Alguns indivíduos possuem variações nesse gene, indicando reações mais ou menos intensas em situações de estresse, influenciando na capacidade cognitiva, nas relações interpessoais e no desenvolvimento de distúrbios neuropsicológicos.


Os polimorfismos irão dizer se o indivíduo tem uma expressão lenta ou rápida para o gene COMT, sendo divididos em genótipo G para o rs4680 e em genótipo A para rs4680. O primeiro é o que chamamos de COMT rápida, pois os indivíduos possuem rápida capacidade de degradar dopamina, noradrenalina e adrenalina, apresentando portanto, níveis diminuídos dessas catecolaminas. Quem tem esse genótipo apresenta menos motivação, foco, impulsividade, tendência à compulsão alimentar e a vícios.


Enquanto isso, indivíduos com genótipo A possuem expressão da COMT lenta, apresentando maiores concentrações de dopamina, noradrenalina e adrenalina, visto que essas são degradadas de forma lenta. Pessoas com esse genótipo são caracterizadas com um melhor desempenho cognitivo.


Mas qual a relação disso tudo com a ansiedade?

As grandes concentrações de dopamina, adrenalina e noradrenalina em indivíduos com genótipo A os tornam pessoas agitadas, que não param de pensar, trabalhar, estudar e com preocupações antecipatórias e medo das incertezas. Isso tudo pode gerar transtorno de ansiedade, além de outras patologias como síndrome do pânico, taquicardia, insônia, esquizofrenia e paranóia.


Uma forma de tratamento é o uso de suplementos que aumentam outros neurotransmissores, como serotonina. A análise do gene é feita por meio de um exame nutrigenético que avalia a resposta ao estresse, através de um mapeamento genético.


Referência

Gottschalk, Michael G., e Katharina Domschke. “Genética do transtorno de ansiedade generalizada e traços relacionados”. Dialogues in Clinical Neuroscience , vol. 19, n o 2, junho de 2017, p. 159–68. PubMed Central , https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5573560/.

Matsuda, Josie Budag, et al. “Polimorfismos dos genes do receptor de serotonina (5-HT2A) e da catecol-O-metiltransferase (COMT): fatores desencadeantes da fibromialgia?” Revista Brasileira de Reumatologia , vol. 50, abril de 2010, p. 141–45. SciELO , https://doi.org/10.1590/S0482-50042010000200004.

Suppli, Nis P., et al. “Variantes genéticas em 5-HTTLPR, BDNF, HTR1A, COMT e FKBP5 e risco de depressão tratada após o diagnóstico de câncer”. Depressão e ansiedade , vol. 34, n o 9, setembro de 2017, p. 845–55. PubMed Central , https://doi.org/10.1002/da.22660.

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