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Consequências imunológicas da disbiose fúngica intestinal


Apesar de ainda pequeno, nosso conhecimento do papel das bactérias na nossa saúde é muito maior que o que sabemos sobre os fungos. Sabemos que eles fazem parte da rede de microrganismos que se hospedam em nosso corpo, principalmente intestino, mas ainda não se sabe sobre sua importância na regulação de respostas imunes. Neste post, trazemos resultados de um estudo realizado com camundongos, que mostra o papel da comunidade fúngica intestinal na resposta imune.


O estudo foi realizado por via de um tratamento com antifúngico administrado para camundongos com Colite Ulcerativa induzida, e resultou em um aumento na severidade da doença. Resultou também em uma piora na alergia a ácaros induzida aos camundongos. Foi realizada uma pesquisa no sequenciamento de rDNA do material fecal do tratamento com antifúngico, que mostrou uma reestruturação das comunidades comensais de bactérias e fungos.


A suplementação desses 3 seguintes fungos A. amstelodami, E. nigrum, e W. sebi foi o suficiente para reduzir os sintomas de alergia que resultou o tratamento com antifúngico. Isso mostra a necessidade real do cuidado, não só da comunidade bacteriana, mas também fúngica, como reguladora de resposta imune.


Já se sabe que o uso de antibióticos pode ser a causa de outras condições, como a asma que resulta do uso desses medicamentos em crianças. Na idade adulta, seu uso também pode ser nocivo, visto que o antibiótico altera a quantidade e qualidade de bactérias comensais. Este estudo mostra também que a comunidade fúngica pode ser responsável por manter a homeostase também.


Por isso, além do cuidado com as bactérias, faz-se luz também no cuidado dos microrganismos fúngicos, para melhor entender e ajudar os pacientes.



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