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Foto do escritorKarina Al Assal

Você tem refluxo? Veja quais estratégias nutricionais podem te ajudar!


O refluxo gastroesofágico é uma condição clínica associada ao relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior do esôfago, permitindo que o conteúdo gástrico entre no esôfago independente da deglutição. A doença do refluxo gastroesofágico é sua forma crônica e prolongada.


Azia, sensação de queimação, regurgitação e dor no peito são os principais sintomas associados ao refluxo, podendo ser mais prevalentes no período noturno e durante a gravidez, impactando no sono e na qualidade de vida. Alguns outros mecanismos envolvidos no refluxo são:


  • Redução da salivação.

  • Redução da pressão do esfíncter esofágico inferior.

  • Aumento da pressão intra-abdominal.

  • Retardo do esvaziamento gástrico.


A exposição prolongada a esse conteúdo ácido pode resultar em esofagite, erosões esofágicas, úlceras, estenose, cicatrizes, disfagia, hérnia de hiato e esôfago de Barrett.


O tratamento clínico do refluxo envolve a diminuição da secreção de ácido e normalmente ocorre através do uso de inibidores de bomba de prótons, que diminui a produção de ácido pelas células parietais, de antiácidos e de agente procinéticos que aumentam as contrações aumentando a velocidade do esvaziamento gástrico.


Contudo, a maioria desses métodos possuem efeitos colaterais que a longo prazo conferem prejuízos à saúde do indivíduo, como deficiência de vitamina D, B12, cálcio, ferro, supercrescimento bacteriano e infecções. Dessa forma, a nutrição entra como opção terapêutica para melhora do quadro clínico.


10 Recomendações Nutricionais para Refluxo

O primeiro passo para tratar os sintomas e o quadro clínico envolve uma mudança no estilo de vida, incluindo a alimentação e prática regular de exercício físico. O manejo do estresse e ansiedade também deve ser alinhado. Essa é a primeira linha de tratamento para minimizar a ocorrência de refluxo.


Uma dieta saudável deve ser adotada, limitando o consumo de alimentos que podem agravar os sintomas. Para isso, o conhecimento acerca do próprio corpo deve ser trabalho com o paciente, identificando quais alimentos desencadeiam o paciente e agindo na experiência própria para gerar autonomia nas escolhas alimentares.


As principais recomendações gerais envolvem:

  • Consumir uma alimentação saudável e equilibrada.

  • Diminuir o volume das refeições, evitando grandes quantidades de alimentos de uma vez só.

  • Aumentar o fracionamento das refeições (cerca de 6 refeições ao dia).

  • Evitar alimentos ricos em gordura.

  • Evitar comer de 2-3 horas antes de se deitar.

  • Evitar bebidas alcoólicas e cigarro.

  • Evitar alimentos e bebidas que contenham cafeína.

  • Comer com atenção, devagar e mastigando bem os alimentos

  • Evitar alimentos ácidos e condimentos.

  • Permanecer na posição ereta por um período após se alimentar.

  • Dica de planta medicinal que pode auxiliar no tratamento dos sintomas:

  • Espinheira santa (Maytenus ilicifolia) - indicado para azia e má digestão.

  • Decocção de 1 a 3g de folhas em 150mL de água fervente, de 3-4 xícaras ao dia.


Referências:

VÁZQUEZ-ELIZONDO, G. et al. La enfermedad por reflujo gastroesofágico: la dicotomía del ensayo clínico y la práctica clínica. Revista de Gastroenterología de México, [S.L.], v. 82, n. 2, p. 103-105, abr. 2017. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.rgmx.2017.02.001.

ZATERKA, Schlioma et al. HISTORICAL PERSPECTIVE OF GASTROESOPHAGEAL REFLUX DISEASE CLINICAL TREATMENT. Arquivos de Gastroenterologia, [S.L.], v. 56, n. 2, p. 202-208, jun. 2019. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0004-2803.201900000-41.

Brasil. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente. Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Plantas Medicinais e Fitoterápicos. / Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. – São Paulo: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, 2019. 4ª edição. 86 p.; 20 cm. - - ISBN 978-85-9533-023-8;

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