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Precisou tomar antibiótico? Veja essas dicas valiosas para a recuperação da sua microbiota


A microbiota intestinal desempenha funções cruciais para o hospedeiro, auxiliando o desenvolvimento do sistema imunológico e controle da inflamação. O tratamento com antibióticos altera a composição da microbiota e aumenta a suscetibilidade à infecção. Eles perturbam a estrutura e a função da microbiota e muitas vezes resultando em suscetibilidade ao patógeno.


Numerosos estudos confirmaram que os antibióticos têm um tremendo impacto na composição e funcionalidade da microbiota humana. Estes efeitos podem durar de 6 meses a 2 anos após o tratamento, incluindo uma perda dramática na diversidade, bem como no surgimento de cepas resistentes a antibióticos.


Alimentação

Uma alimentação adequada é crucial para minimizar os impactos do uso de antibióticos no intestino. A baixa ingestão de carboidratos acessíveis à microbiota pode impactar consideravelmente na camada de muco, que protege a mucosa intestinal. Uma vez que, estes carboidratos auxiliam na proliferação de microrganismos benéficos ao organismo, o consumo reduzido pode estar associado à diminuição desta população. Que por sua vez, já pode se encontrar afetada devido ao uso de antibióticos.


A dieta influencia profundamente a composição e as funções da microbiota intestinal. Diante disso, inclua na sua alimentação alimentos ricos em fibras. Quanto mais variada for a sua alimentação melhor. As fibras estão presentes nos vegetais, no geral frutas, verduras, legumes e cereais integrais. Elas não são digeridas pelo sistema gastrointestinal dos humanos. No entanto, favorecem a modulação da microbiota intestinal. Uma vez que, podem ser utilizadas como fonte de energia para os microrganismos presentes no intestino. Priorize alimentos de origem vegetal e evite industrializados.


Considerando os impactos que os antibióticos podem acarretar na microbiota hospedeira, evitar o consumo de alimentos ricos em açúcares simples e gorduras saturadas após o tratamento com antibiótico é relevante. Estes alimentos estão associados com o aumento da inflamação e permeabilidade intestinal, que já podem estar comprometidas. `


Outro ponto interessante que pode favorecer os impactos do uso de antibióticos é a inclusão de alimentos fermentados na rotina. Os alimentos fermentados, são alimentos que possuem microrganismos que podem conferir benefícios à saúde. Juntamente com a microbiota intestinal do hospedeiro, podem transformar ainda mais os constituintes dos alimentos em substâncias bioativas.


Probióticos

Além de uma alimentação adequada, o uso de probiótico se mostra eficiente para auxiliar a recuperação da microbiota após o tratamento com antibióticos. Os probióticos são amplamente prescritos para a prevenção da disbiose associada a antibióticos e efeitos adversos.


Eles são microrganismos vivos capazes de conferir saúde ao hospedeiro. Os probióticos auxiliam a recompor a microbiota intestinal, por meio da adesão e colonização da mucosa, ação que impede a adesão e subsequente produção de toxinas.


Estudos mostram que os probióticos são capazes de desempenhar papel importante na recuperação na microbiota. A colonização de probióticos pós-antibióticos possui impacto na redução dos riscos de desenvolver disbiose após o uso da medicação. Embora existam achados, mais estudos precisam ser realizados para investigar os benefícios dos probióticos para esta circunstância.


É muito importante que a prescrição seja feita por um profissional qualificado, somente ele poderá avaliar qual a melhor cepa para cada situação.


Referências bibliográficas:

Ng KM, Aranda-Díaz A, Tropini C, et al. Recovery of the Gut Microbiota after Antibiotics Depends on Host Diet, Community Context, and Environmental Reservoirs [published correction appears in Cell Host Microbe. 2020 Oct 7;28(4):628]. Cell Host Microbe. 2019;26(5):650-665.e4. doi:10.1016/j.chom.2019.10.011

Becattini S, Taur Y, Pamer EG. Antibiotic-Induced Changes in the Intestinal Microbiota and Disease. Trends Mol Med. 2016;22(6):458-478. doi:10.1016/j.molmed.2016.04.003


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