A Trigonella foenum graecum ou feno grego, é uma erva tradicional cultivada na índia e possui muitos efeitos farmacêuticos, incluindo anti-lipêmico, hipoglicêmico, hipocolesterolêmico, anti-inflamatório, antimicrobiano, hepatoprotetor e atividades estimulantes gástricas.
A semente de T. foenum graecum possui componentes ativos e nutrientes como aminoácidos, ácidos graxos, saponinas, vitaminas, fibras dietéticas, isoflavonóides e alguns alcalóides como a trigonelina e a colina.
Ainda, o feno grego contém 50% de fibra em sua composição, sendo 30% solúvel e 20% insolúvel. A fibra solúvel caracterizada como galactomanana, demonstrou possuir efeitos hipoglicêmicos, hipolipidêmicos e gastroprotetores. Além de ser semelhante a uma goma devido à alta viscosidade, com efeito encapsulante, propriedades mucoadesivas e gastrorretentivas (capacidade de permanecer mais tempo em nível gástrico), promovendo efeitos benéficos ao trato gastrointestinal.
A β-glucuronidase e a mucinase são duas enzimas que estão associadas à microbiota intestinal. A β-glucuronidase pode hidrolisar elementos com efeitos pró-carcinogênicos inativados pelo fígado, liberando esses componentes no intestino, onde podem entrar no organismo através da circulação entero-hepática. Enquanto a mucinase hidrolisa a camada protetora de mucina na parede intestinal, expondo a mucosa aos pró-carcinogênicos que são liberados pela atividade da β-glucuronidase. A fibra contida no feno grego pode promover a inibição da atividade das enzimas β-glucuronidase e mucinase, juntamente com a ação dos seus componentes anti carcinogênicos, tais como flavonóides e saponinas.
Além disso, as fibras do T. foenum graecum podem reduzir a produção de metabólitos tóxicos no colón, diminuir o tempo de exposição da mucosa intestinal aos componentes carcinógenos, aumentar o volume fecal, diminuir o tempo de trânsito intestinal e promover a excreção fecal, contribuindo para a saúde do intestino.
Estudos apontam que o T. foenum graecum pode atuar como um fitoestrogênio ou modulador hormonal, para auxiliar nos níveis de estradiol durante a fase da menopausa, reduzindo os sintomas, suores noturnos e mudanças de humor.
O HIL e o aminoácido de cadeia ramificada (4-OH-Ile) são componentes presentes no feno grego que possuem atividade anti-inflamatória. A literatura menciona que esses elementos podem melhorar a inflamação induzida por espécies reativas de oxigênio (ROS).
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