As dietas ocidentais encorajam fortemente o alto nível de consumo de carne, substituindo as dietas tradicionais. Ecologicamente, são insustentáveis e prejudiciais à saúde. Em um momento de consciência global sobre o impacto que os combustíveis fósseis têm sobre as mudanças climáticas e as consequências relacionadas à biodiversidade, diversidade e saúde ecológica, a dieta vegetariana toma proporção e tem conquistado adeptos pelo Brasil todo.
Os países industrializados são os maiores consumidores de carne e outros produtos animais, como ovos e laticínios. Também têm padrões de vida mais elevados. Todavia, a expectativa de vida nesses países é mais elevada, e isso é o resultado de muitos fatores relacionados ao desenvolvimento, como melhorias nas condições de vida, avanços na saúde pública e tecnologia médica, acesso a médicos e cuidados de saúde, educação e recursos econômicos.
O aumento da produção de alimentos processados, a rápida urbanização e a mudança no estilo de vida levaram a mudanças nos padrões alimentares. Agora consome-se mais alimentos calóricos, ricos em gorduras, açúcares e sódio. Os impactos ambientais da atividade humana estão intimamente relacionados com nossos hábitos de consumo, principalmente nossos hábitos alimentares. Somos sete bilhões de seres humanos, mas todos os anos criamos e abatemos mais de 70 bilhões de animais terrestres e uma quantidade muito maior de animais aquáticos para nosso consumo. Somente no Brasil, são quase 6 bilhões de animais terrestres abatidos por ano. Cada um desses animais precisa de determinada quantidade de terra, água, alimento e energia, produz quantidade expressiva de dejetos e emite, direta e indiretamente, poluentes que serão dispersados pelo solo, ar e água.
Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira, “é considerado vegetariano todo aquele que exclui de sua alimentação todos os tipos de carnes, aves e peixes e seus derivados, podendo ou não utilizar laticínios ou ovos''. O vegetarianismo inclui o veganismo, que é a prática de não utilizar produtos oriundos do reino animal para nenhum fim, seja alimentar, higiênico ou de vestuário”.
O indivíduo que segue a dieta vegetariana pode ser classificado de acordo com o consumo de subprodutos animais, como os ovos e laticínios: Ovolactovegetariano, lactovegetariano, ovovegetariano. Quando recusa o uso de componentes animais não alimentícios, como vestimentas de couro, lã e seda, assim como produtos testados em animais, considera-se vegano. Influenciada pelos efeitos positivos à saúde com maior utilização de produtos de origem vegetal e restrição de produtos oriundos do reino animal, a dieta vegetariana e vegana inclui a sensação de bem-estar que alguns indivíduos relatam por não utilizar alimentos cárneos ou derivados de animais.
O Flexitarianismo denomina indivíduos socialmente inovadores, capacitando a oportunidade individual e coletiva para combater o poder da pecuária e a duplicidade do governo. A produção global de carne bovina era de 229 milhões de toneladas em 1999 e 2001. Estima-se que esse número atinja 465 milhões de toneladas em 2050. O reconhecimento dos benefícios da alimentação vegetariana e/ou vegana é cada vez maior. Por isso, o flexitarianismo é uma inovação social que desencadeia processos na sociedade como a consciência ecológica no consumo alimentar, com redução significativa de produtos de origem animal, aumento da ingestão de alimentos vegetais orgânicos, ricos em nutrientes essenciais e que promovem saúde e bem estar.
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