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Porque o cacau auxilia na saúde cardiovascular?

Foto do escritor: Karina Al AssalKarina Al Assal

As doenças cardiovasculares (DCV) são desordens que ocorrem no sistema circulatório, afetando dessa forma, tanto o coração quanto os vasos sanguíneos. As principais manifestações ocorrem por meio das dislipidemias (DLP), hipertensão arterial sistêmica (HAS), infarto agudo do miocárdio (ICC), insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e doença aterosclerótica coronariana (DAC).


Os principais fatores para o aumento do risco de desenvolvimento das DCV envolvem obesidade, diabetes mellitus, síndrome metabólica e hipertensão, que estão diretamente relacionadas com os hábitos alimentares. Atualmente, com um estilo de vida predominantemente sedentário e pelo alto consumo de alimentos processados e ultraprocessados, as doenças cardiovasculares são consideradas as principais causas de morbimortalidade no mundo inteiro.


Exatamente por serem doenças relacionadas com o estilo de vida, que estratégias para prevenção e tratamento dessas comorbidades se dá por mudanças nos hábitos alimentares e prática regular de exercícios físicos. Aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras, gorduras mono e poliinsaturadas e de nutrientes funcionais são meios de prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares.


Mas você deve estar se perguntando, como o cacau pode ajudar?


Cacau e saúde cardiovascular


A principal associação entre o cacau e a prevenção/tratamento de DCV envolve os flavonóides presentes nesse alimento. Esse composto possui efeito cardioprotetor, anti-inflamatório, anti-plaquetário, antioxidante e anti-trombótico, podendo ser consumido através do cacau em pó ou do chocolate amargo. Vamos entender um pouco mais sobre seus efeitos.


-> Flavonóides do cacau e óxido nítrico: o óxido nítrico é um radical livre que pode agir tanto como agente oxidativo quanto antioxidante, dependendo do meio em que se encontra. Os polifenóis presentes no cacau ativam a síntese desse radical, que pode participar de reações inflamatórias ou anti-inflamatórias. Quando esse é sintetizado em um meio endotelial, pode possuir função vasodilatadora, prevenindo a agregação plaquetária.


-> Flavonóides do cacau e composição corporal: a avaliação antropométrica é um meio de diagnosticar excesso de peso. Por sua vez, a obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e alterações cardíacas como hipertrofia e ampliação das câmaras, sobrecarga cardíaca e comprometimento da função sistólica e diastólica. Estudos mostraram que os flavonóides presentes no cacau aumentam a expressão de adiponectina, proteína responsável pela regulação do metabolismo energético, e reduz os níveis de grelina, reduzindo o apetite. Essas duas situações podem levar a diminuição do peso corporal, redução da circunferência abdominal e diminuir o risco de desenvolver DCV.


-> Flavonóides do cacau e perfil glicêmico: alterações na secreção de insulina, na glicemia em jejum, hemoglobina glicosilada e índice HOMA podem indicar um quadro de diabetes mellitus, fator de risco para o desenvolvimento de DCV. O efeito antioxidante do flavonóide melhora o perfil glicêmico ao reduzir a formação de espécies reativas de O2 e melhorar a resistência à insulina.


-> Flavonóides do cacau e perfil lipídico: além da dislipidemia estar relacionada com o risco de DCV, a elevação isolada de LDL-colesterol também é um fator para o desenvolvimento dessas comorbidades. Nesse caso, os flavonóides aumentam os níveis de HDL-colesterol e diminuem os níveis de LDL-colesterol, colesterol total e triglicérides. O mecanismo que explica esse papel cardioprotetor é a propriedade antioxidante e o aumento da apolipoproteínas que aumentam a captação de colesterol.


-> Flavonóides do cacau e marcadores pressóricos: Os flavonóides são capazes de reduzir a pressão arterial média, sistólica e diastólica através do aumento de óxido nítrico endotelial, que causa vasodilatação. Além disso, o sistema renina-angiotensina-aldosterona é modulado pelos flavonóides a partir da inibição da atividade da enzima conversora de angiotensina, diminuindo a inflamação.


Recomendação: O consumo de 200mg/dia de flavonóides é o suficiente para obter o efeito cardioprotetor, encontrado em cerca de 2,5g de cacau em pó ou 10g de chocolate amargo.


Referências:


Brandão, Thaynara Lays Sales. “CACAU COMO ALIADO DA SAÚDE CARDIOVASCULAR: REVISÃO DE LITERATURA”. Revista Multidisciplinar em Saúde, vol. 2, no 3, outubro de 2021, p. 04–04. editoraime.com.br, https://doi.org/10.51161/rems/2126.


Pazzinato, Karolina, e Camila Kellen De Souza Cardoso. “Efeitos dos flavonoides do cacau na prevenção e no tratamento de doenças cardiovasculares: uma revisão de literatura”. Revista de Ciências Médicas, vol. 28, no 2, novembro de 2019, p. 85. DOI.org (Crossref), https://doi.org/10.24220/2318-0897v28n2a4457.


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